Flores

Ir à floricultura é como tomar um banho de folhas de todos tamanhos, espécies, coros vegetais.. ver a a dona noemia e se sentir em casa.

Dona noemia tinha abandonado a floricultura, vendido o ponto para um casal jovem, meio ganancioso que até as flores murcharam no tempo q eles estiveram ali.

As visitas diminuíram, porque queríamos ver a velinha Noemia, ou melhor, o que acontece com as flores quando ela está.

Hoje a revi, nos demos uns bons abraços e comprei uma rosa bem rosa, sei que duram pouco, que tentarei manter como ela faz...mas eh assim... foquemos nas aspirações....

Pedi coentros. Um bandeija. Ela disse que nao pedem mais, ninguém quer. 

No nordeste era mar de coentro. Aqui cada galinho economizamos mais que chocolate.

Queria que o jardim me cuidasse hoje...essa coisa simples de ficar. Deixei as plantas unidas, elas num canto começando contqto com o verde estabelecido. O verde velho, chamado de bosque, as plantas se encontrando...

Eles vieram da noemia, trazem renovação... As plantas querem chuva, até eu tô pedindo chuva.

De leve. Pra aguar todos nós...borrifada só...

Aguante falei pra minha amiga. Mamá aguante. 

A vida começa a desembrulhar outra coisa de si mesma. Flores da noemia, visitas, poemas que nunca vi. As memórias dos amigos se misturam com a visão de um mundo que nos espera...ninguem ficará de fora...

Hoje lembrei de uma amiga que toca violão e canta. E chorei porque ela nunca contou soh pra ela, ela me criou como compôs canções, ela criou coisas que nunca mais saíram de dentro. Coisas lindas e puras e esse choro foi um alívio, que ela segue viva, criando desejos de luz.

Se os dias estão difíceis tem o feijão com coentro e as histórias da jandira que gostaria de pedir permissão para contá-las para toda galáxia Brasileira, mas ela mesma um dia irá contar. Ela é perfeita.

Não estou tão poética, estou estranhamente tocando o presente. Ando visitando amigos..mas é em sonhos, pra saber como anda cada um... Existe um conto de terror novo que me mostraram que está nas mídias, nunca gostei de terror, mas tive que ver, olhar e realmente, que feio é o gênero literário esse. Transforma os instantes em presas do escuro lado humano, onde parece que ninguém se safa do filme para cantar ou ver a vida inocente outra vez.

Sou das utopias em vez de distopias. Essas palavras cárceres, essas "mentira-la-verdad"

Conheci uma vez uma mulher na Argentina que cantava uma música do Antônio Nóbrega chamada Flor de Maravilha...Era flor linda flor, até ela ser tragada por um filme de terror que ela escrevia nas horas ociosas. Então de la nunca mais saiu, mas essa canção me lembra que até em quem forja uma espécie de suicídio vivo, ficam as flores da boca pra contar a história. O que eh real, o terror na boca ou a flor de maravilha? 

O real é a narração e o ser humano criando linguagem...isso eh real...mutável é visceral, real. Apavorado com seus egos, seus enganos, ciumento, voraz... 

 Falando em Flor, dona noemia não parece viver no campo do terror. 

Tomara em suas horas vagas não faça uma teia de terror e siga sendo dona noemia, servidora dos gerânio e hibiscos.

Ando oscilante, ser humano podes te desumanizar assim?

As flores seguem sendo junto as ervas, as criadoes de jardins secretos. Não que não sejam pros outros, mas que são secretos em nós mesmos, que vamos devagar criando refúgios verdes e encantado...pra que o que vem por aí possa descansar...

Penso em especial em grande amigo, pq ando pensando nos amigos, e hoje cantei a música de Leon Gieco...busquen me en el pais de la libertad...

Se Libertad fosse uma flor, dona noemia não faria como os coentros..nos regalaria pra criar mares de flores ao redor da casa..dona noemia gosta de abraçar com flor.

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