baleia na rede, caçam o oceano

Hoje existe o fato e o que as redes sociais fazem do fato

A caçada é liquida

Entre as correntes marítimas naufragamos, ploriferam caçadores 

Entre el hecho y lo dicho, un largo trecho


A baleia na rede

 caçam nela o oceano


Entre duas palavras ditas, agonia o fato, mamífero, inexato

Entre a trama oceânica, o sangue da gorda mártir tinge o mar 

as poderosas mobydicks são vendidas em mercados sujos do Japão

Quem mata baleia não é pescador, é outra coisa bem diferente

Se pode viver na terra das baleias.. olhá-las, admirar suas curvas, borrifadas e não saber do que se trata essa chacina

Baleia na rede, que estupidez enfrentar o oceano!

Nasci no mar de abril, e na areai do pântano do sul vi o sinal

Nasci e o vento firmou as pernas tarrudas e eu corria na imprudência da encosta

uma criança da ilha é tambem filha das baleias - as que não abandonam sua condição de pele de mar, jamais

Se caçam dessa maneira nas redes sociais é porque não sabem o que fazem

Os corações-de-ostra, os cardumes de pequenos sonhos, os tubarões da política, as estrelas do mar convivem em desproporção

Agarraram uma baleia  tão grande que as redes estouravam, tão grande que a chamaram de monstra, tão grande que a denunciaram pelas sardinhas tragadas, haviam tantas provas de sua mesmidade com o mar que as lanças vinham com gosto perfurá-la

"Puta baleia! Abjeta baleia, monstro dos mares!"

Caçam o oceano

Caçam o mistério, ferem que ele mente, ah senhor..o mistério é oceânico, na virada da tarde, no amanhecer se esconde, na palavra perdura perdurará, gotas, vândalos da tosca prudência, seu jogo é matar, o do oceano é ser todos e para ninguém 

Os olhos  não entendem das curvas, da riqueza líquida, não sabem que os fatos valem pralém dos ditos...Abaixem as armas, conquistadores pós-modernos-coloniais, deixem de perturbar essas mamíferas metades do mar.. essas mães das ilhas

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