Ode à Amizade

 Se deus ouvir tudo isso, preserve os amigos

não sabem o que fazem, rezam, depois xingam a própria reza

Que fizeram de joelhos, pertinho da terra

Amam, depois se agarram em cadeiras de espetáculos  

Compram barbies anarquistas, ecobags para se esconder dentro, buscam flores que desmurcham... pero marchitan marchitan las flores, hermana...somos también eso...


Tiram fotos de si mesmos sem ninguém dentro

preferem Adidas, onde antes eram las chancletas.

Discursam pelo amor próprio, mas de repente, o amor próprio comeu o mundo 


A palavra amiga nunca foi tão politizada e pouco polinizada...poli poli é a amizade e o amor


Uma amiga, um reencontro da alma, agora está cheia de planos de conquista ...e esse velho lugar cheio de yuyos... yuyus não querem saber de conquistas, estão para alma das pessoas, isso sabem as viejas. 


O rumor infinito, quando

A incerteza como casa, Nunca Mais

O peito ameno pra um bicho, só

A aventura, condomínio 


deus, lembre os amigos da beleza das palavras te-amo, te-quiero, entre amigos 


Que toda dor tenha sua medida não-injusta, que caiba muitos sóis nascendo entre nós


Que os amigos cresçam com pouco juízo outra vez, imprudentes, generosos, armando murais de cores pelas cidades predadoras e sem rosto

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